em tempos de libertinagem, exaustão e falta de concentração
me pararam e chamaram atenção:
fui caminhando em direção a uma música inquietante
vibrante, que ecoava por todos os lados
em todas as cores; estonteantes.
como nunca tinha sentido,como nunca havia escutado.
elas dançavam comigo, lindas e brilhantes.
No compasso de palmas, em passinhos curtos, nas pernas longas, achando as notas que pulavam em sincronia, eu rodopiei.
na contagem, eu olhei pra cima e vi o globo de espelhos cintilando
centelhando tudo ao redor com estrelas ilusórias, iluminando os corpos amigos
as minhas vitrines e a minha dança
Dançavam comigo os que eu amo, todos de botas vermelhas e calças justas
escutando um Jive misturado no Jazz, uma música dos O'Jays que nunca acaba
nos acabou, não deixou a energia que circulava se espalhar
Não erramos o passo, ficou tudo muito bonito
Saltamos e corremos, damos as mãos e soltamos
giramos outra vez e paramos, coreografamos as mãos e batemos palma outra vez
e continuamos, escutando a melhor música
na melhor época de nossas vidas
sentindo nossos corpos
numa febre cromática
de ritmo, alegria, suor
no que acredtimos:
acima de tudo
na música e na dança