Monday, May 12, 2008

do mar até as estrelas



Quando poetizaram as juras de amor eterno
e concluíram que nada nem ninguém as entenderiam
foram estúpidos e egoístas
em validar que só se morre de amores e dores
quem já possui uma metade...

Quando cifraram as notas que judiam dos corações diabéticos
e fizeram sinfonias tristes pra acalmar os almados de bom coração
não fizeram músicas de riso audasioso, volumoso e permanente
Nem contaram com os amantes descrentes, que se gostam demasiadamente
e se encontram nos abraços demorados e nos colos sensíveis
fraternos

Quando todos que se beijam dançaram juntos
pensaram que tudo acabava ali, na junção cálida dos rostos carentes
que não se formula uma valsa perfeita, de mãos dadas
gritos companheiros, suor bem vindo, e todo um gesto aberto de satisfação
por se estar perto de quem se é amigo

Quando todos os poetas fizeram seus atos na calada da madrugada
com suas estrelas e mais nada
Outros mais incompletos e mais jovens preferem o sol da tarde
e tudo que nele se pode ver, um vislumbre de infinidade, de futuro longe daqui
com estrelas que brilham de dia, que voam mais alto que qualquer outra


...
Os Palhaços que prefrem as matinés, poetizam,tocam e dançam para seus amados amigos
e escrevem em declarações de memórias lindas, substânciais e muito intímas
muito amadas, de quem prefere uma boa comédia a um drama de euforia


e tem a certeza, de que se voa muito mais longe, quando se chora de algria.