Wednesday, June 27, 2007

Conjugado em 1ª pessoa Egoísta

Eu sinto a perda, das perdas
Já eu tive anseio por reconquista
Eu sinto por quem perde e ganha dor
Festejo, a torcida pelo alheio
Eu reconheço e delato o fato
que o Antigo se tornou anseio
permaneceu o fato na mudança de contexto
Eu desejo esquecer as benditas perdas
Eu desejo a coragem desvaida de outros desejos
Eu cansei dos desejos alheios, os três pedidos
Eu quero o ávido prazer do bocejo
Cansar de amar
Eu quero sentir os cortejos
Eu quero ter o corpo salgado e bonito voltando do mar
Eu perco porque eu peco
Eu corro e fecho o peito
Achar pelos corpos oriundos e dançantes
Quem deseja o que eu desejo

Wednesday, June 13, 2007

Na Terra do Grande OZ, eu roubei algumas esmeraldas

as notas sofridas e derramadas com cuidado simbólico,bem úmidas de suor e expressão no carpete imundo modulam e suspiram ofegantes, quase mortas
cansadas.
toca tarde as notas de alívio, que formaram como casca de ferida permeável uma crista de orgulho e vaidade em doses aceitáveis. bom é o canto dos amigos, o canto do palco, do metal polído e batida ritmada. bom de ver o brilho verde de tons abertos que cegam os de cara amarrada.
e me desculpem o uso errado da palavra: vou colocar o mundo por debaixo da escada, um sorriso no rosto de palhaço e mais nada, obrigado

Friday, June 01, 2007

Eu vou! Eu vou! Pra casa agora eu vou! Pararatimbum...

Os meninos perdidos sem comprimisso, sem idade e maturidade das barbas e bebidas, são todos esses que eu vou ver. Sim! Eu vou finalmente ver e ouvir as Sereias de barbatanas longas e as vozes entoando a mesma canção de ninar, as palavras lavrando a propria água lamaçuda do Lago Escuro coberto de pedras metricamente talhadas. As histórias do Pirata sacal com perna de pau e olho de vidro esbugalhado saltando pela frente da espada, eu vou ver todas elas! Eu vou voar! Vou voar! Pelos ares do Norte, nas terras que ficam escondidas na segunda estrela da direita, como a minha sorte... Vou dançar de sapato calçado, batendo no chão pra desafiar a gravidade recordo da minha idade... Eu vou voar! E vou ver aquele brilho eterno fugindo pelas ávores de carvalho grosso, planando do orvalho até as estrelas, das margaridas até as núvens cinzentas. As fadas! Eu vou estar com as fadas! Todas elas! Eu acredito em fadas,acredito, acredito, acredito! E com meu sapato e boa vontade, com lembranças boas de verdade, vou desafiar a gravidade ,passando pelas núvens e todos os ares, do orvalho até a saudade.