Wednesday, December 12, 2007

A Perda

Eu me perdi
na profusão de pensamentos
quieta, morta pela falta de sentimentos concretos

Me vi em um mar cheio de águas rasas e frias
Cobriam meu corpo até o ápice da minha sonolência e carência

Eu perdi as minhas palavras

Aquelas mesmas palavras que me entorpecem e confortam como vinho minha mente outrora latente, agora dormente.

Meus dedos frenéticos, despenteiam e cortam meus finos cabelos
quase que de hora em hora,
pelo tédio completo ou por ansiedade qualquer;
do que não chega
do que não me permanece...

Estou com uma constante preguiça de me fazer lógico, preciso e agradável
E afirmo que a simples idéia de me apresentar como um rebelde sem causa me provoca náuseas primitivas

E do que mais reclamo? De nada mais, obrigado.

Quero mais do palco, palmas, gritos e aplausos
De luzes no meu rosto, pés e braços
Eu peço por música, clamo pela dança, beijos e abraços

Lamento finalmente não deter o talento necessário
para me fazer um solista, competente e eterno
Porque de predicados, me resta o de ser ambicioso



Das minhas perdas saudáveis, fiquei apenas com a ausência da ganância.



1 comentários:

Anonymous said...

depois peço uma tradução sua. T_T